quinta-feira, 2 de maio de 2013

A Síndrome da Solteirisse!

Bem, tenho reparado nos meus "largos 20 anos de vida" nas várias etapas que uma rapariga/mulher passa a partir do momento em termina um relacionamento amoroso e passa a ter "Solteira" no seu estado do Facebook. ( Sim, porque hoje em dia parece que o que está escrito na página da rede social é conta quase como o estado civil que consta no nosso Bilhete de Identidade). Continuando...

Este é um momento de reflexão. Por um lado acabou-se a "segurança" de um relacionamento estável, os jantares à luz das velas em datas importantes, as surpresas ocasionais, os almoços na casa da família dele e as conversas (sabe-se lá sobre o quê) que ele tem com os nossos pais. Por outro, a rapariga/mulher agora não tem compromissos, já pode sair à noite à vontade com as amigas sem ter que dar satisfações a ninguém, e já pode participar daqueles "joguinhos de sedução".



É aqui que entram as várias etapas daquela que eu chamo de "Síndrome da Solteirisse":

(eu não sei se esta palavra existe mesmo, ou não, mas de qualquer forma, se não existir, acabei de a inventar)

1.º etapa: A rapariga/mulher tem alguma saudade da relação estável que tinha, dos bons momentos e decide começar a aproveitar todas as vantagens de ser solteira. Diverte-se com os amigos, sai à noite, começa a frequentar mais vezes as discotecas. Começa a reparar em possíveis "alvos" e tem vários encontros ocasionais. A aproveitar, afinal está solteira.

2.º etapa: A rapariga/mulher já começa a ficar cansada de nunca ter ninguém fixo. Começa a tentar envolver-se com diferentes pessoas à espera de encontrar alguém especial que valha a pena. Anda sempre muito sorridente e quer mostrar ao mundo que está muito bem sozinha.

A terceira etapa divide-se em duas, depende da personalidade da rapariga/mulher:

3.1.º etapa: A rapariga/mulher apaixona-se pelos homens errados que a fazem sofrer e  começa a se perguntar: "Será que há algo de errado comigo? Porque é que ninguém quer ter uma relação "a sério" comigo?" Já diziam os nossos avós que é "quando menos procuramos que encontramos". Aos poucos e sem querer começa a ter raiva dos casais bem resolvidos à sua volta. Tenta evitar ao máximo estar perto deles porque não quer se deparar com aquilo que lhe falta. Por mais que tente se desviar cada vez que sai à rua parece que o número de casais sorridentes e amorosos triplicaram.

3.2.º etapa: A rapariga/mulher está de bem com a vida, feliz e só pensa em aproveitar todas as oportunidades que tem. Empenha-se na sua vida profissional e apesar de solteira, e genuínamente bem resolvida. Sabe que mais tarde ou mais cedo vai encontrar alguém especial que a vai completar.

4.º etapa: Por fim, quando menos está a espera encontra alguém que vale realmente a pena. Que faz valer a pena todo o tempo "de espera" e que faz entender que todas as outras etapas são como os níveis que vamos passando para chegar ao fim de um jogo. Custou na altura, mas no final, já nem nos lembramos deles.


terça-feira, 29 de janeiro de 2013

"ERASMUS" foi uma aventura alucinante!


É engraçado como os nossos maiores erros podem acabar por se tornar os nossos maiores acertos…

Para quem não sabe, chamo-me Bárbara Corby, tenho vinte anos e há seis meses atrás tomei a decisão de mudar-me para Roma durante seis meses, através do programa ERASMUS. Vim para cá essencialmente para estudar a língua, conhecer uma cultura e um lugar novo. Mas parecendo que sim, não é tão fácil assim.

Não é tão fácil assim de um dia para o outro mudar de país, sem família, sem amigos, sem ninguém, sem sequer saber onde vamos morar ou aquilo que vamos encontrar. Mas isso era exactamente aquilo que eu precisava naquele momento. Se eu nunca admiti isto para ninguém, hoje admito aqui, até para mim, que esta foi sim uma oportunidade de fuga, de me desencontrar para um dia poder me encontrar novamente.

Eu precisava estar longe de tudo que eu conhecia e tomava por garantido, para poder olhar as coisas de fora e com mais clareza.
Quando se têm vinte anos, começamos a ser obrigados a tomar decisões… O que vamos fazer depois? Enquanto estamos a estudar e a fazer o nosso curso, somos estudantes, ninguém realmente olha para nós. Mas e depois? Eu optei por aprender fazer aquilo que eu mais gostava, optei pela profissão na qual eu seria uma profissional realizada. Mas reparem bem,”uma profissional sem um emprego” é o quê mesmo? Esta era só uma das ENORMES preocupações que passava pela cabeça de uma rapariga como eu. Depois desta ainda existiam outras preocupações GIGANTES que incrivelmente foram se tornando cada vez mais pequenas e insignificantes.

Bem então eu entendi, que quando fugimos os problemas também fogem connosco (na verdade eles são nossos (a/ini)migos inseparáveis). A verdade é que durante as vinte quatro horas do dia, havia aquelas em que eu estava a descobrir uma nova vida, a tentar entender uma língua nova, a conhecer novas pessoas, em que tudo era uma novidade na qual eu ainda estava a tentar entender o meu lugar. Mas depois, quando deitas a cabeça na almofada tudo volta, voltam os pensamentos, voltam as dúvidas, as raivas e a vontade de esquecer. Esta acho que nem que lhe batesse durante horas ela ia embora… Até que um dia esqueces-te de tentar esquecer. É aí que percebes que o teu objectivo começa a ser cumprido. Começas finalmente a encontrar-te e a entender o que realmente importa.

Em ERASMUS aprendi principalmente que quantas maiores as dificuldades, maiores são os objectivos cumpridos e maiores as vitórias alcançadas. Conheci pessoas incríveis e outras, que em poucos meses, quanto tiveram que me oferecer uma pequena lembrança, ofereceram-me exactamente aquilo que eu compraria! Conheci pessoas que mudaram a minha vida, que me fizeram querer alcançar novos objectivos. Aprendi sobretudo a conviver. Comprovei que a tão famosa “Fontana di Trevi” tem sim a sua magia e senti saudades, saudades que não se acabavam mais!

Claro que não me podia esquecer de agradecer aos meus pais e à minha família por terem tornado esta experiência possível.

Agora é hora de voltar à realidade. Mas volto com a sensação de dever cumprido, de que encontrei tudo aquilo que vim à procura. É por isso que vos digo sinceramente que Roma foi uma aventura inesquecível e alucinante, que com certeza trouxe novos mundos ao meu Mundo!

 

 
 
 
 
*No meu blog, podem ver um bocadinho desta minha viagem, e se estiverem na dúvida de embarcar nesta aventura ou não, não hesitem. Não se vão arrepender!